sábado, 24 de setembro de 2011
Irritados, Felipão e Kleber projetam saída no fim do ano
Passado de sucesso, presente de desgaste e irritação. Luiz Felipe Scolari e Kleber voltaram ao Palmeiras na metade de 2010 com a esperança de reviver conquistas de épocas passadas. Hoje, técnico e atacante projetam deixar a Academia de Futebol ao fim da temporada.
– Em janeiro, é outra história. Ninguém tem garantia. São 13 rodadas. Penso em ir para a Libertadores. Em janeiro, a gente vê o que é melhor o clube – desabafou Kleber, quinta.
Se nenhum fato novo acontecer, o Gladiador está disposto a ser negociado. A irritação do camisa 30 com a diretoria começou se agravar em julho deste ano, quando o clube rejeitou uma proposta do Flamengo, que era vantajosa para o palmeirense.
A promessa de um reajuste salarial para janeiro já não o anima. Kleber reclamou da falta de organização do clube, vazamento de notícias e falta de respaldo da diretoria. Para ele, a situação é muito pior do que em 2008, quando foi campeão paulista e virou ídolo de muitos torcedores.
O desânimo já tinha batido no fim de 2010: o polêmico ex-diretor de futebol Wlademir Pescarmona detonou os atletas após fracassos. O Gladiador tem contrato até 2015.
Felipão, que vê no camisa 30 um homem de confiança, tem vínculo até o fim de 2012. Também diante de desgaste com a direção, a ideia, hoje, é repensar a situação no fim do ano.
O técnico já abriu mão da multa rescisória, em torno de R$ 2,5 milhões. Resta convencer o Palmeiras a fazer o mesmo. Conselheiros acusam o treinador de forçar a barra para sair, por causa de ataques públicos à diretoria e também à torcida.
– Não tomando rumo, será desfeito um contrato de qualquer parte, seguirão em frente Felipe, jogadores – comentou o comandante alviverde.
Com Kleber e Scolari juntos, o Palmeiras gasta cerca de R$ 1 milhão por mês. Há suspeita de pessoas próximas à diretoria de que São Paulo e Corinthians estão atentos aos passos de Felipão. O Cruzeiro é outro.
Arnaldo Tirone segue no muro ao ver os desentendimentos do grupo do técnico com o grupo do vice Roberto Frizzo. O presidente é pressionado para tomar uma decisão.
Faltam 13 jogos. Bons resultados podem mudar qualquer ambiente.
FRASE
"É difícil digerir algumas coisas. Em alguns momentos deixei me abater, é até normal uma queda de rendimento se a cada dia tem uma pressão, uma bomba... Isso de jogarem moedas me deixou chocado. Eu sou o mercenário mais burro da história, já que não ganhei aumento, não fui vendido e sempre falei que não queria sair"
Kleber
na quinta, comentando ocorrido ao fim da partida contra o Avaí, em Floripa, no domingo
Confira um Bate-Bola com Roberto Frizzo - Vice de futebol do Verdão
LANCENET!: Como recebeu as críticas que Kleber fez após a última partida?
FRIZZO: Ele expôs o ponto de vista dele. Temos de respeitar quando colocam o que estão pensando. Todo mundo pode discordar, mas tem de respeitar. Ele colocou o que pensa. Desde que não ofenda ninguém, não calunie, está no direito dele.
LNET!: E você concorda com ele?
F: Não ouvi tudo o que ele falou, não vi na íntegra. Não posso dizer se concordo, mas tudo que ele disse com relação à união é necessário. É uma coisa positiva, ele é um líder no elenco, é positivo ele falar em união. Sempre precisamos de união para os nossos objetivos.
LNET!: Isso pode atrapalhar o grupo?
F: Se o grupo for sensível ao ponto de uma declaração ter prejuízo irreversível, não está pronto para o título. Um grupo maduro tem de saber que há pressão, trabalho contra... Jogador tem de estar maduro para absorver esse tipo de coisa.
LNET!: E você vê o grupo preparado?
F: Se não estava preparado, está sendo boa oportunidade. Já ficaram. Estão aprendendo a conviver com isso em um torneio difícil.
LNET!: Kleber não garantiu que fica em 2012. A diretoria conta com ele?
F: Ele é um jogador diferenciado. Todo clube do Brasil gostaria de contar com ele. Somos um dos grandes clubes do Brasil e gostaríamos de tê-lo conosco, sim.
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