quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Belluzzo critica brigas políticas e isenta Tirone de culpa em crise

Ex-presidente do Palmeiras já passou por situações semelhantes à do atual mandatário. Pressão de opositores é principal alvo de reclamações

O ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo está afastado da política do Palmeiras, mas conhece bem as dificuldades pelas quais vem passando o atual mandatário Arnaldo Tirone. No cargo desde janeiro, Tirone é figura central de um clube envolto por conflitos de interesses entre conselheiros e dirigentes, que acabam respingando no departamento de futebol. Escaldado, Belluzzo deu uma palavra de apoio ao colega nesta quarta-feira. E avisou que os opositores, tratados como “ratazanas” pelo vice-presidente Roberto Frizzo, precisam se controlar melhor.

- Não podemos ter uma oposição caótica e desorganizada como essa. O que deixa o ambiente conturbado é essa fofoca que você não vê em outros clubes. E isso acaba passando para treinador e jogadores. O ambiente está muito difícil, insuportável – avisou o ex-presidente, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

- A culpa não é do Tirone, mas sim da incapacidade do clube em seguir objetivos comuns, caso da Arena Palestra. Só tem solução se trabalharmos nessa direção. O Tirone não tem sossego e nem amparo – emendou.

Hoje, os alvos preferidos no Palmeiras são Frizzo e o gerente administrativo Sergio do Prado, que tem sua demissão pedida por vários conselheiros próximos a Tirone – e também ao ex-presidente Mustafá Contursi. Belluzzo, que comandou o clube de 2009 até o início de 2011, sabe que as pressões no Conselho são muito fortes. Para ele, a fumaça diária causada pela política do clube só tem a prejudicar.

- É preciso olhar com cuidado os próprios problemas. O conflito no Palmeiras é permanente, não há continuidade à grandeza do clube. Assim não dá para conviver e administrar. Temos de olhar mais para nós mesmos – pediu Belluzzo.

Hoje, Arnaldo Tirone tenta contornar as principais crises que tomam conta do cotidiano no Palmeiras. A relação conturbada entre o técnico Luiz Felipe Scolari e o vice-presidente Roberto Frizzo fica mais amena com o presidente por perto. Ele tem comparecido diariamente ao CT, conversado com jogadores e tentado manter a harmonia mesmo com o time em má fase. Nesta semana, todos estão em silêncio. Até sábado, jogadores e Felipão não vão dar entrevistas.

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