Felipão busca motivação e diz " nada é impossíel "

Depois de um pedido de desculpas ao torcedor de Marcos, Luiz Felipe Scolari concedeu entrevista coletiva na Academia de Futebol nesta terça, no primeiro treino aberto à imprensa desde a derrota por 6 a 0 para o Coritiba, na última quinta. A tarefa do técnico é motivar o grupo na busca pelo milagre de reverter o resultado, nesta quarta, no Pacaembu.

- Ja vivi em um ano, com Gremio e Palmeiras. Foi 5 a 0, depois 5 a 1 para o Palmeiras. Todo mundo rezando para não ter mais jogo, porque o Palmeiras faria o sexto. No futebol, nada é impossível. Às vezes, é muito mais dificil que o normal. Nada é impossivel, é isso que temos passado a eles, estamos trabalhando isso. Em 21, 22, 23 jogos jogaram bem, um foi um desastre e não vou jogar a toalha por um desastre. Nem eles, não podemos mudar nossa postura - disse Felipão, lembrando de confronto em 1995, quando encarou o Verdão comandando o Grêmio.

- Foi um desastre, mas naão vai destruir os 23 jogos. Se esses jogos deram a ideia que o time era bom, um jogo não vai destruir. Naquele dia um cara com meia perna faria um gol em nós. O técnico e os jogadores tem de entender e melhorar. A torcida tem de ficar triste e cobrar e nós temos de trabalhar - completou.

Scolari também falou sobre a conversa que teve com o presidente Arnaldo Tirone, na última segunda. O dirigente queria saber qual era a motivação do treinador para seguir trabalhando no Palmeiras.

- Se eu estivesse desmotivado, não estaria ali cobrando, incentivando. Trabalho da melhor maneira e com gosto. Quando não tiver mais isso, paro de trabalhar. Não é essa derrota que vai me fazer pensar diferente sobre meu grupo. Posso mudar uma forma de jogar taticamente, reavalio algo, mas não mudo nada do que eu pensava, era o grupo que me dava todo o respaldo possível semana passada. Fomos eliminados nos pênaltis (no Paulistão), aquele time foi espetacular, com dez tivemos o jogo na mão, na quarta mudou? Não pode, foi um desastre, temos de assimilar, seguir em frente, temos grupo qualificado, temos dificuldades a mais, vamos ter de trabalhar com isso